sexta-feira, 1 de março de 2013

papamobile




"Era uma vez, há muito tempo atrás, uma menina tão mimada, tão egocêntrica, que sonhava ter um papamobile. Imaginava-se, numa vitrina dourada, no topo do seu papamobile personalizado, apetrechado com jogos e brinquedos, a acenar, magnânima, às multidões."

Ao assistir às cerimónias de despedida do PapaBentoXVI recordei essa menina e o seu sonho megalómano. 

A menina cresceu e percebeu que o mundo girava, mas não à sua volta. 

A menina descobriu que o que somos, enquanto por cá andamos, sobre este mundo a girar, é tão somente o que representamos para os que nos são próximos.

A menina aprendeu a olhar para os outros. 

A menina já não quer um papamobile. E está muito bem assim. 

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