terça-feira, 8 de abril de 2014

Frozen


A Té não disse nada até aos três anos, momento em que começou a desenvolver um teresês que está agora, que completou quatro lindas primaveras, cada vez mais próximo do português.
Talvez por estar a recuperar as palavras perdidas a minha filha não se cala, debitando a todo e cada segundo o que lhe vai na alma. Há, no entanto, alguns sons que ainda teimam em não sair, como é o caso da combinação das consoantes ‘f’ e ‘r’: diz “Fancisco”, “tenho fio”, “não qué futa” and so on. O ‘n’ e o ‘m’ no final das palavras também não soam na perfeição. Nada de grave até ao momento em que o filme de eleição passou a ser o Frozen. Fro-zen. A rapariga não diz o ‘fro’ nem diz o ‘en’. Resultado: cada vez que tenta dizer Frozen sai algo que eu me coíbo de escrever por ser demasiado mau. Dou-vos uma pista: começa por ‘f’ e termina em ‘tracinho se’.

“Mãe!! Qué vê o f.....se!”

“Queres ver o quê Té?”

“O f…..se!”

“Não digas isso!”

“F…..se?”

“Frozen, Té. F-r-o-z-e-n! Tenta lá!”

“F-…-…-…-…-se?...”

“Vamos chamar-lhe o Reino do Gelo ok?”

“Mas não é Reino do Xelo, mamã, é F…..se!”

1 comentário:

  1. Kkkkk, teve graça, mas acho que se fosse em Lisboa seria pior, pois me disseram que no Norte do país, assim como no Brasil, não tinha mal nenhum em dizer um palavrão ou outro!

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